quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Em vez de bunda, batuque e bola que tal mais consciência?
O que fazer com tanta água?
Por Diego Polachini
O brasileiro é muito bom pra batucar, pra brigar pelo time do coração e até pelo “brother” que ele considera ser o mais “big”, mas demonstra um despreparo hollywoodiano no momento de cobrar os ocupantes dos poderes e comenta grosseiramente os acontecimentos a sua volta.
O exemplo disso fica por conta das enchentes, alagamentos e deslizamentos que estão atingindo boa parte das cidades brasileiras e em outras partes do mundo. Muitas pessoas insistem em castigar prefeitos, governadores e até presidentes por “não darem conta” de acabar com este problema que está se tornando corriqueiro.
Sim, a responsabilidade de intervir na infraestrutura das cidades é do prefeito. Ele foi eleito para cuidar dos assuntos de interesse coletivo, independente de quais sejam. As freqüentes inundações devem fazer parte da atenção constante do planejamento urbano assim como a saúde e a educação.
Mas, e a contrapartida? O que a população tem feito? O que as entidades de classe, as comunidades, as agremiações e outras tantas manifestações populares têm proposto para ajudar a sanar o problema?
Têm se amontoado cada vez mais em construções apertadas e contrárias às normas estabelecidas pela convenção habitacional. Exploram o ecossistema até não poder mais. Ocupam margens e poluem rios e lagos. Jogam lixo nas ruas. Derrubam árvores e aniquilam matas ciliares. Não pensam nos outros. Pensam em si mesmos...
Aliado a esta constatação temos uma mudança climática patente e que tem contribuído nesta desordem. Está chovendo mais intensamente e em locais onde não era comum. Basta acompanhar os noticiários e ver as estatísticas. Muita coisa está fora do normal.
A culpa é de quem, então? Do prefeito? Do povo? Da natureza? ... Eu diria que todos os elementos juntos são igualmente culpados.
Os erros urbanísticos históricos se arrastam pelos anos e tanto o governo quanto o povo não têm dado a mínima para isso. A natureza, porém, provocada pelo próprio homem, cobra o que lhe é devido. É um ciclo que funciona tanto para o bem quanto para o mal.
Enquanto o brasileiro só pensar em bunda, bola e batuque, estas cenas se repetirão no futuro. E os resultados serão iguais a estes que estão aí pra quem quiser ver.
Yigdal Elohim Chai.
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