
Ser miserável é ser mal educado
Por Diego Polachini
Povo mal educado. É assim que defino uma boa parte dos rio-pretenses quanto aos cuidados com o lixo doméstico e com o meio ambiente. É esse mesmo pessoal que gosta de cobrar o prefeito e acusá-lo de negligência nos serviços públicos de interesse coletivo.
Ao ler a reportagem da página 2B do Diário da Região de hoje, dá pra se ter uma noção exata deste problema. A operação “Faxina Urbana”, de iniciativa da Prefeitura de Rio Preto, tem se mostrado ineficiente na tentativa de manter os bairros limpos e livres de possíveis criadouros do mosquito da dengue.
Os caminhões da empresa vencedora da licitação, no valor de R$ 2,9 milhões, fazem a coleta do lixo em terrenos baldios e lotes, porém os próprios moradores vizinhos (não todos, é bom destacar) tornam a jogar resíduos orgânicos, sacolas plásticas, animais mortos e uma série de outros objetos que podem acumular água e tornarem-se proliferadores do mosquito.
Aí sabem o que acontece? Acusam o prefeito de não trabalhar, de não honrar os votos da população e de negligenciar as questões de saúde pública.
Povo porco. Povo mal educado. A dengue não nasce na Prefeitura. Nasce na sua casa, naquele vaso com água parada, naquele pneu que você joga no lote ao lado da sua casa, nas garrafas de boca pra cima e destampadas... em tudo!
Convém destacar que a responsabilidade de manter lotes particulares limpos é de seus proprietários, não do poder público. Dinheiro público tem de ser usado para benefício coletivo, não individual.
Apenas para constar: a reportagem do Diário trata especificamente de lotes no bairro Parque da Cidadania. Mas parece que cidadania é uma coisa que está faltando por lá.
Educação vem do lar, não da Prefeitura.
Shalom Adonai