
Hillary diz que Irã usa brasileiros
Folha On-Line
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou nesta quinta-feira que os Estados Unidos e o Brasil têm "sérias discordâncias" em relação ao programa nuclear do Irã, apesar de as relações bilaterais em outros temas serem boas. Hillary disse ainda que o Irã está apenas usando o Brasil, e que atitudes como a do Brasil e da Turquia tornam o mundo mais perigoso.
Essas foram as declarações mais diretas feitas até agora sobre como os EUA veem a negociação brasileira e turca com os iranianos sobre seu programa nuclear. O Ocidente teme que o Irã pretenda desenvolver armas nucleares, mas Teerã afirma que o seu programa tem fins pacíficos.
"Sem dúvida, temos sérias divergências com a política diplomática do Brasil em relação ao Irã", disse Hillary. "Mas nossa discordância não mina nosso comprometimento de ver o Brasil como um país amigo e parceiro", completou, questionada sobre como Washington enxergava o papel do Brasil na diplomacia global. "Nós queremos uma relação com o Brasil que resista ao teste do tempo", acrescentou.
Hillary afirmou ainda que o Irã estaria apenas usando o Brasil para ganhar tempo e evitar sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
"Nós dissemos (aos brasileiros) que não concordamos com isso, que pensamos que os iranianos estão usando o Brasil, nós achamos que é hora de ir ao Conselho de Segurança", disse Hillary, ao responder questões de jornalistas sobre a nova estratégia de segurança da administração Barack Obama, divulgada nesta quinta-feira
Hillary alegou que o acordo firmado com o Irã sob mediação do Brasil e da Turquia apenas serve para dar mais tempo para o país persa atingir suas ambições nucleares e impede a unidade da comunidade internacional em responder ao Irã. Ela continuou, dizendo que atitudes desse tipo tornam o mundo mais perigoso.
"Nós achamos que dar mais tempo ao Irã, permitir que o Irã evite a unidade internacional a respeito de seu programa nuclear torna o mundo mais --e não menos-- perigoso."
Hillary disse que a visão dos EUA --não compartilhada pelo Brasil-- é de que o Irã só vai concordar em negociar sobre seu programa nuclear após o impor sanções mais duras contra o país.
Comento:
Para nós, brasileiros, que amamos o samba e o futebol, conhecidos e reconhecidos internacionalmente como um país pacífico, amistoso, de pessoas felizes e receptivas, entramos numa briga que não é nossa. Não há interesses que verdadeiramente satisfaçam esse suposto acordo, a não ser a questão política e a ambição de Lula em querer se apossar de um lugar na ONU ou em outro órgão deste calibre. Lamentável. Eu não faço parte desta burrice.
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